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28 DE JANEIRO – DIA DO COMÉRCIO EXTERIOR


Porto do Rio de Janeiro em 1808, ano em que Dom João VI mandou abrir os portos, em obra de Smyth.

Ato de Dom João VI, assinado em 28 de janeiro de 1808, seis dias após a chegada da Família Real portuguesa a Salvador, decretando a abertura dos portos brasileiros às nações amigas de Portugal – o que excluía a França, então em guerra contra os portugueses. A abertura dos portos significou o fim do monopólio português de comércio com o Brasil.

Os Motivos. Em guerra contra os ingleses, o imperador francês Napoleão I decretou o Bloqueio Continental, proibindo o comércio dos países da Europa com a Inglaterra. Portugal manteve relações políticas e comerciais com os ingleses, seus aliados tradicionais. Com a iminente invasão de Portugal pelas tropas francesas, a Corte portuguesa se transferiu para o Brasil, protegida pela esquadra britânica.

Uma vez no Brasil, tornava-se necessário criar condições econômicas para a sobrevivência da Família Real. Com os impostos cobrados nas alfândegas, a abertura dos portos forneceria ao governo português recursos para instalar sua administração, enquanto a Inglaterra teria, no comércio direto com o Brasil, uma compensação para o bloqueio que sofria na Europa.

As Consequências. O decreto de abertura dos portos permitia que estrangeiros exportassem produtos coloniais (açúcar, algodão, tabaco), com exceção do pau-brasil, e importassem mercadorias europeias, especialmente inglesas. A atividade cresceu intensamente nos portos atingidos pelo novo regulamento: Belém, São Luís, Recife, Salvador e Rio de Janeiro.

A vida das cidades sofreu rápidas transformações. Comerciantes europeus se instalaram no Brasil. A facilidade de obter produtos europeus modificou os hábitos da população – os mais ricos começaram a se vestir à moda europeia e a comprar artigos e gêneros até então raros (cristais, perfumes, talheres, louças, sabonetes, escovas, pentes, velas, barbantes).

As transformações causadas pela abertura dos portos representaram um grande passo para a emancipação política do Brasil, pois as forças sociais que conduziriam o processo de independência fortaleceram-se economicamente.

Fonte: Klick Educação

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