Também na tentativa de identificar e firmar parceria com futuros fornecedores como para mapear a mão de obra qualificada, a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) promoveu um estudo no ano passado. "E encontramos problemas nele, como a não existência, no Ceará, de indústrias que atendam demandas de produtos por encomenda, específicos, que a CSP vai precisar", revelou o gerente de Sustentabilidade do empreendimento, Marcelo Baltazar.
Ele contou que o documento foi entregue ao governo do Estado em dezembro de 2011, na tentativa de promover o nascimento de tais negócios.
"É importante ressaltar que isso está acontecendo não por que o Estado é fraco, mas por que nunca foi demandado isso no Ceará", observou.
Médio prazo para solução
Ele ainda revelou que acredita numa solução a médio prazo, que dure cerca de "dois anos para obter resultados sólidos" por conta da migração de um patamar de desenvolvimento para outro, na região.
Pessoal já chega de fora
O português Rui Pereira, dois anos depois de visitar o Ceará, saiu na frente dos empresários locais quando viu a oportunidade de desenvolver seu negócio aqui. Os motivadores foram os novos empreendimentos do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) com os quais pretende trabalhar, como a própria siderúrgica.
A indústria dele, a MAS, já se encontra sob a análise da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece) há cerca de um mês e pretende trabalhar com a montagem de estruturas metálicas, assim como a manutenção do equipamento e até a prestação de serviços como soldagem e tubagem de estruturas.
Com um orçamento de R$ 15 milhões, Rui disse que necessitará importar mão de obra de fora até que os profissionais cearenses tenham capacitação adequada, mas que já iniciará as atividades dentro das exigências internacionais do setor industrial.
"Ainda espero aportar cerca de 40% dos recursos necessários com alguma entidade bancária logo que a Adece me dê um retorno do projeto", disse.
Fonte: Diário do Nordeste
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