Consultor alemão visita o Ceará para dar início a um pacto de cooperação entre a Alemanha e o Ceará. Setor farmacêutico indica novas possibilidades.
A Alemanha quer estreitar os laços comerciais com o Brasil, em especial, com o Ceará. O diretor de Relações Internacionais da empresa de consultoria alemã Wüco, Georg Rodenbach, passou os últimos dois dias em reuniões com representantes de entidades públicas e privadas de atração de investimentos no estado.
O objetivo do primeiro encontro, planejado com mais de um ano de antecedência por meio da Pentagonal Consultoria, de Fortaleza, foi reconhecer o quanto é fértil o ambiente empresarial do Ceará. Antes de passar por Fortaleza, Rodenbach passou também pelo Rio de Janeiro e por Recife, em busca de registrar oportunidades.
O executivo foi designado pelo governo do estado da Renânia do Norte-Vestfalia, um dos maiores em densidade econômica daquele país. A ação faz parte da NRW goes to Brazil Plus, criada em 2011 pela Câmara de Comércio e Indústria de Essen (oitava maior cidade alemã), com a NRW.
Rodenbach teve, ontem à tarde, reunião com o presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Roberto Smith, com a presença do cônsul honorário da Alemanha, Dieter Gerding.
Após o encontro, o representante alemão recebeu O POVO para detalhar a impressão que ele teve do Ceará e quais os desafios para despertar o interesse dos empresários alemães no Brasil.
“Sentimos nessas poucas, mas muito eficazes, reuniões, que realmente o Ceará está com interesse em recebe alta tecnologia. Tem que ser a melhor possível, principalmente pela competição internacional”, argumentou.
O executivo explicou que o objetivo é aplicar no Ceará a filosofia empresarial que a Alemanha desenvolve para ser competitiva com as grandes potências mundiais: qualidade e durabilidade dos produtos, além de capacitação de mão de obra local.
“Não é apenas trazer a tecnologia, mas também possibilitar que a mão de obra brasileira se qualifique na aplicação da tecnologia”.
Setor farmacêutico
O representante da Wüco realizou encontro também com a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), por meio do Sindiquímica e do Sindiverde-CE. O setor farmacêutico é um dos observados por Rodenbach como o primeiro com grande potencial de parceria.
A busca por oportunidades além-mar tem a ver com o potencial de consumo do Nordeste. “Não é para fugir da crise.” Para ele, o principal entrave que ainda afasta muitos investidores é o Custo Brasil, que, segundo ele, já está sendo calculado pelo empresariado alemão.
Fonte: O Povo
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