Desde fevereiro, quando a Argentina passou a adotar medidas mais duras para barrar a entrada de produtos brasileiros, as exportações de máquinas agrícolas para o vizinho praticamente pararam.
Apesar das restrições em um mercado tão importante para as indústrias brasileiras, a meta de manter o nível de exportações do segmento em 2012 não foi alterada, segundo Milton Rego, diretor da Anfavea. Isso porque algumas empresas conseguem contrabalançar as perdas com novos contratos com a Comunidade Andina, principalmente Colômbia e Peru.
Mas isso não significa que os embarques estejam sendo redirecionados, pois o mercado argentino tem especificações e maior demanda por grandes colheitadeiras. Colômbia e Peru são mercados mais representativos para tratores.
De acordo com dados da Anfavea, no primeiro trimestre de 2012 houve um aumento de 13,5% nas exportações brasileiras de tratores em relação ao mesmo período de 2011. Já as exportações de colheitadeiras encolheram 13,6%. Essa queda não é encarada com tanto pessimismo, pois entre janeiro e março de 2011, as licenças não-automáticas impostas pela Argentina para a entrada de produtos brasileiros haviam complicado os negócios.
De janeiro a março deste ano, as empresas de máquinas agrícolas associadas à Anfavea exportaram 4.790 unidades, 15,8% mais que nos três primeiros meses do ano passado. A receita subiu 18,1%, para US$ 872,216 milhões.
Fonte: Valor Econômico
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