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Trading companies têm superávit de US$ 4,058 bilhões no primeiro trimestre

No primeiro trimestre deste ano, as exportações brasileiras via trading companies somaram US$ 5,349 bilhões e as importações do segmento foram de US$ 1,281 bilhão. Com isso, a corrente de comércio do setor totalizou US$ 6,631 bilhões e o saldo positivo alcançou US$ 4,058 bilhões.

Em relação ao total vendido pelo Brasil ao exterior no período (US$ 55,080 bilhões), as exportações das empresas trading companies representaram 9,7%. Já em relação ao total importado pelo país no trimestre (US$ 52,642 bilhões), a participação foi de 2,4%.

No comparativo com o mesmo período de 2011, as vendas brasileiras dessa categoria de empresas (US$ 6,195 bilhões) recuaram 13,6% e as aquisições (US$ 1,347 bilhão) diminuíram 4,9%. O saldo, no primeiro trimestre do ano passado, foi de US$ 4,847 bilhões e, portanto, houve retração de 16,1% em relação ao mesmo período deste ano, o que também ocorreu com a corrente de comércio (US$ 7,542 bilhões), que retrocedeu 12,1%.

Produtos

As exportações de produtos básicos responderam por 80% do valor exportado entre janeiro e março de 2012 pelas trading companies. Foram destaques minério de ferro (US$ 2,913 bilhões, com participação de 54,5% do total exportado), soja em grão (US$ 577,8 milhões, 10,8%), carne de frango (US$ 351,3 milhões, 6,6%), farelo de soja (US$ 150,0 milhões, 2,8%) e milho em grão (US$ 66,5 milhões, 1,2%).

As vendas brasileiras do segmento de produtos industrializados, no acumulado trimestral, corresponderam a 20% (11,6% de bens manufaturados e 8,4% de bens semimanufaturados) sendo os principais produtos comercializados: açúcar em bruto (US$ 292,6 milhões, 5,5%), suco de laranja (US$ 195,4 milhões, 3,7%), ouro semimanufaturado (US$ 96,9 milhões, 1,8%), açúcar refinado (US$ 64,6 milhões, 1,2%) e café solúvel (US$ 46,3 milhões, 0,9%).

Na pauta de importação das trading companies, os bens industrializados representaram 94,4% (89,1% de manufaturados e 5,3% de semimanufaturados) e os produtos básicos corresponderam 5,6%. Os bens mais adquiridos foram automóveis de passageiros (US$ 347,9 milhões, participação de 27,2% do total importado), máquinas e aparelhos de terraplanagem (US$ 124,1 milhões, 9,7%), aparelhos transmissores e receptores de telefonia celular (US$ 92,7 milhões, 7,2%), máquinas automáticas para processamento de dados (US$ 71,3 milhões, 5,6%) e borracha natural (US$ 41,5 milhões, 3,2%).

Mercados

O principal mercado de destino das exportações brasileiras do segmento, de janeiro a março deste ano, foi a China, com vendas de US$ 1,715 bilhão, o que representou 32,1% do total exportado pelo setor. Na sequência, apareceram: Japão (US$ 422,2 milhões, participação de 7,9%), Países Baixos (US$ 292,1 milhões, 5,5%), Coreia do Sul (US$ 221,8 milhões, 4,2%) e Alemanha (US$ 202,7 milhões, 3,8%).

A China foi também principal mercado fornecedor das empresas trading companies no trimestre. O setor importou do mercado chinês US$ 303,4 milhões, valor equivalente a 23,7% das compras totais no período. Na segunda posição está a Argentina (US$ 225,4 milhões, participação de 17,6%), seguida por Estados Unidos (US$ 161,2 milhões, 12,6%), México (US$ 72,4 milhões, 5,7%) e Alemanha (US$ 58,8 milhões, 4,6%).

Trading companies

As vendas ao exterior por intermédio das empresas trading companies são classificadas como exportações indiretas e são equiparadas às exportações diretas no aspecto fiscal. Elas apresentam vantagens, principalmente, para o pequeno e médio produtor nacional que não dispõem de uma estrutura própria dedicada às operações de comércio exterior.

Neste ano, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) passou a divulgar a balança comercial das trading companies para servir como indicador para o setor e também para auxiliar na formulação de políticas públicas na área.

Fonte: Export News

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