Vivendo um contexto de estabilidade econômica em meio à crise que abala diversos estados e o próprio País, o Ceará potencializa a captação de investimentos internacionais para alavancar o desenvolvimento econômico do Estado. Os cearenses já vivem os resultados desses esforços por meio da consolidação de três projetos considerados estratégicos para o Estado: o das empresas aéreas Air France-KLM-GOL; a parceria com entre os Portos do Pecém e Roterdã, que vai transformar o Estado em um hub portuário; e o hub dados viabilizado pelo lançamento do cabos SACs e Monet, da multinacional Angola Cables, ligando o Ceará à Africa e aos Estados Unidos por meio de cabo de dados.
Os três projetos, intitulados pelo governador Camilo Santana de “trinca de hubs”, são resultados de investimentos do governo do Ceará para transformar sua economia. “O Ceará vive um momento único. A internacionalização da economia cearense já é uma realidade. Temos investimentos internacionais movimentando negócios no Ceará de diversas formas. E os benefícios ficam para os cearenses”, destaca o titular da Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Estado do Ceará, Cesar Ribeiro. Grandes grupos empresariais, como, por exemplo, a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), resultado de joint venture formada pela brasileira Vale e pelas sul-coreanas Dongkuk e Posco; a dinamarquesa Vestas, que produz turbinas eólicas em Aquiraz; a norte-americana Phoenix, que processa as escórias da CSP no Pecém, estão no território cearense movimentando a economia.
O motivo disso, de acordo com o secretário Cesar Ribeiro, é a ambiência: um conjunto de fatores que fazem com que o Ceará se diferencie no contexto nacional e internacional. Ele destaca que o Governo do Ceará vem desenvolvendo uma estratégia de criar ambiência para o investidor. “Não se trata somente das questões de incentivos, áreas físicas, têm muitos outros pontos importantes que precisam ser destacados na estrutura criada para agregar grandes investimentos: somos o Estado que mais investe no país, com melhor situação fiscal, que honra com seus compromissos e melhor nível de transparência. Temos a melhor referência de educação básica do país. E quando um investidor tem interesse em vir para o Estado, ele se depara com uma estrutura muito mais consolidada, mais madura para estabelecer seus negócios.”
Além da localização estratégica que promove fácil acesso aos maiores mercados mundiais, Cesar Ribeiro destaca, também no aspecto internacional, que outro diferencial do Ceará é ter a primeira Zona de Processamento de Exportação (ZPE) em funcionamento no país, ampliando ainda mais as possibilidades de grandes investimentos na área do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP). Segundo ele, com a parceria entre os Portos do Pecém e Roterdã, o Estado terá a oportunidade de tornar o nosso porto ainda mais eficiente, com melhor infraestrutura e mais competitivo, com potencial para ser um hub marítimo.
“Com uma gestão inovadora e eficiente, Roterdã é um fenômeno internacional em logística e administração portuária. E é a transferência dessa expertise que o Governo do Ceará vislumbra com o Memorando de Entendimento, assinado pelo governador Camilo Santana em março deste ano, e que vai culminar com a formalização dessa parceria até o início de 2018”, explica.
A partir da modernização da legislação que deu origem à empresa Companhia de Desenvolvimento do Complexo Industrial e Portuário Pecém (CIPP S.A.), a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), Cearáportos e ZPE Ceará estão trabalhando juntas fomentando a área e o entorno do complexo para atrair mais empresas. “Por isso, a parceria com o Porto de Roterdã será um importante reforço do potencial de desenvolvimento socioeconômico daquela área, com geração de renda e de empregos e melhoria da qualidade de vida dos cearenses na região”, disse.
As oportunidades que surgem com esses projetos são inúmeras. O secretário do Desenvolvimento Econômico ressalta que, com a vinda do hub aéreo, centro de conexões de voos da Air France-KLM-GOL, projeto liderado pelo governador Camilo Santana, por exemplo, o impacto atingirá setores diversos relacionados ao comércio, indústria e serviços, entre eles, o turismo. “Ainda que os estudos que vão mensurar esse impacto não estejam finalizados, já temos uma grande oportunidade para incrementar as exportações através do modal aéreo. Produtos que tipicamente são exportados por avião como frutas, flores e camarão, que antes tiveram excelentes desempenho no mercado externo, mas que enfrentaram questões com logística no passado, agora têm uma oportunidade com o aumento da frequência de voos para a Europa, atingindo não só o mercado europeu, como também o asiático. Este é só um exemplo”, disse.
O Governo do Ceará, por uma política de estado definida pelo governador Camilo Santana, tem trabalhado fortemente no incentivo à indústria cearense, que vem demonstrando um crescimento bastante expressivo em relação aos últimos anos, quando vários segmentos industriais obtiveram resultado positivo na evolução da sua produção física. Setores tradicionais do nosso Estado, como o moveleiro; agroindústria; couro; alimentos e bebibas; continuarão sendo estimulados. Cesar Ribeiro explica que a SDE vem trabalhando fortemente para impulsionar a economia, com a atração de empresas para o Polo Industrial e Tecnológico no Eusébio e Porangabussu; a cadeia produtiva do metalmecânico; o automotivo; e setores inovadores, como o de serviços digitais, além de garantir o programa de incentivos a novos investimentos, fortalecendo a indústria e comércio locais.
Por meio da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) e da Companhia de Desenvolvimento do Ceará (Codece), o secretário destaca que o Governo do Ceará vem impulsionando e fomentado projetos importantes no Interior, como o Polo Químico de Guaiúba, que está em fase de obras de terraplanagem e vai agrupar 25 indústrias, com geração de 2 mil empregos; o Polo Metalmecânico do Vale do Jaguaribe, em Tabuleiro do Norte, que está na fase de infraestrutura básica e será um centro de multiserviços automotivos de carga pesada e produção industrial de peças, ferramentas, máquinas e equipamentos; o Polo da Saúde, no Eusébio, com as âncoras Biomanguinhos e Fiocruz, esta última que deve ser inaugurada ainda este ano; além do Polo Moveleiro de Marco, que conta com 28 empresas que geram 1.800 empregos diretos na região; do Distrito Industrial do Cariri que está sendo requalificado e do projeto piloto Distrito Empreendedor, em Crateús, que sedia 8 empresas, gerando cerca de 100 empregos diretos.
Com efetivação em 2018, o Governo do Ceará vai implementar uma série de medidas previstas em um plano de ações de curto prazo para estimular o crescimento da economia cearense. Uma demanda do setor produtivo, o plano foi desenvolvido pela SDE, em parceria com todas as secretarias de Estado, em especial a Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag), e representa o esforço governamental para estimular a retomada do crescimento, considerando, principalmente, a capacidade do poder público em influenciar nesse processo através de ações de natureza orçamentária.
O projeto está alinhado ao “Os 7 Cearás”, que reúne propostas para o plano de governo estadual de 2015 a 2018 nos seguintes temas de atuação: Ceará do conhecimento; democrático; pacífico; saudável; acolhedor; das oportunidades; e sustentável. Ao mesmo tempo, o plano inclui um conjunto de medidas sugeridas pelo setor empresarial, formuladas a partir de articulação realizada com os diversos representantes do setor produtivo do Estado, como Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Federação das Associações do Comércio, Indústria, Serviços e Agropecuária do Ceará (Facic), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Ceará (Sebrae-CE).
SDE: porta de entrada do investidor
A Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Estado do Ceará (SDE) é a porta de entrada do investidor e faz um trabalho transversalizado com inúmeras secretarias. Tem como vinculadas a Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), que cuida das médias e grandes empresas, com processo importante de fomentar a interiorização dos investimentos para criar sustentabilidade econômica e social no Estado como um todo; a Companhia de Desenvolvimento do Ceará (Codece) que vem fazendo um trabalho muito forte direcionado às micro e pequenas empresas no Interior do Estado e na Região Metropolitana.
Já a ZPE, integrada ao complexo do Pecém, é a primeira e única em funcionamento no País e é um importante diferencial competitivo do Estado, por suas vantagens fiscais e cambiais e integração com o Porto do Pecém. Recentemente, o Governador assinou a criação da CIPP S.A., vinculando a Cearáportos ao Desenvolvimento Econômico e tornando a ZPE sua subsidiária. “Foi justamente para criar essa competitividade, um único canal para que o investidor tenha um processo de começo, meio e fim nas suas relações com o Governo do Estado”, explica o secretário Cesar Ribeiro.
É a SDE que operacionaliza o Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI), que faz parte da política industrial do Ceará para incentivar a implantação, a ampliação, a diversificação, a recuperação e a modernização de estabelecimentos industriais, por meio da concessão de incentivos fiscais; dentre eles, o diferimento do ICMS gerado pela atividade industrial.
Desde o início da gestão do governador Camilo Santana, no período de 2015 a novembro de 2017, a SDE, por meio do FDI, recebeu 139 protocolos de intenção de empresas industriais, com previsão de geração de R$ 12,45 bilhões em investimentos privados e perspectiva de 14.807 empregos. Já empresas industriais implantadas, no mesmo período, foram 49, entre elas a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), totalizando investimentos privados de R$ 9,92 bilhões e geração de 6.533 empregos diretos. As deliberações do FDI são aprovadas pelo Conselho Estadual de Desenvolvimento Industrial (Cedin), cujo presidente é o governador Camilo Santana.
Fonte: Governo do Estado do Ceará.
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